Publicado a 18/09/2017
Assembleia da República debate petição sobre eutanásia
01.02.2017
A petição do movimento cívico "Direito a morrer com dignidade" defende a despenalização da morte assistida, ou seja a eutanásia,
e pede que a Assembleia da República legisle nesse sentido.
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Fonte: SIC Notícias
Fonte - Agência Ecclesia
Fonte - Agência Ecclesia
“O homem de todos os tempos e lugares deseja uma vida plena e boa, justa e serena, uma vida que não seja ameaçada pela morte, mas que possa amadurecer e crescer até à sua plenitude.
O homem é como um viajante que, ao atravessar os desertos da vida, tem sede de água viva, jorrante e fresca, capaz de saciar profundamente o seu desejo de luz, amor, beleza e paz.
Todos nós sentimos este desejo! E Jesus doa-nos esta água viva: ela é o Espírito Santo, que procede do Pai e que Jesus derrama nos nossos corações.
«Vim para que tenhais vida e vida em abundância», diz-nos Jesus” (Jo 10, 10).
Papa Francisco - 8 de maio de 2013 | Francisco - La Santa Sede
O cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, sublinhou
à Agência ECCLESIA que as instituições democráticas em Portugal, como “felizmente” existem hoje, devem “muito” a Mário Soares, “sobretudo nos anos
de implementação da democracia”, década de 70 do século XX.
O padre Saturino Gomes sublinha que Mário Soares “confirmou sempre” a sua condição de agnóstico, mas condenava “todos os extremismos religiosos”. “Por mais de uma vez confessou-me o seu apreço e respeito pela Igreja Católica, dizendo que não tinha sido tocado pela graça da fé”, recorda o sacerdote dehoniano, acrescentando que Mário Soares “admirava certas figuras da hierarquia católica com quem tinha contactado em encontros oficiais e particulares”.
Como Presidente da República, Soares recebeu o Papa João Paulo II na viagem que o santo polaco fez a Portugal, em 1991; antes, a 27 de abril de 1990, realizara uma visita oficial ao Vaticano.
O Padre António Rego saúda o papel do antigo presidente para evitar «questão religiosa».
“Manifestou sempre um respeito enorme pelas confissões religiosas”, assinala.
E evoca um encontro com o antigo Presidente, quando Soares o chamou ao Palácio de Belém para “pedir um parecer sobre uma questão religiosa”. “Eu diria que aquilo a que chamam tolerância, eu chamaria uma sabedoria, saber gerir diferenças e conflitos.”
A Rádio Renascença, em 'nota de abertura' assinala: “Sem abandonar os seus princípios, Mário Soares recusou os caminhos da «questão religiosa»
da I República e “defendeu, antes e depois do 25 de Abril, o papel da Igreja
em Portugal”.
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Destaca também que, “em tempos muito difíceis”, Mário Soares “não hesitou” em defender a emissora opondo-se à sua ocupação. “Ao fazê-lo, defendeu não só a liberdade de expressão, mas também a liberdade religiosa”.
O jornal ‘L'Osservatore Romano’, do Vaticano, afirma, na edição 9 de Janeiro 2017, que Mário Soares foi “uma das principais figuras políticas do socialismo português e europeu” e “protagonista da vida pública” durante 40 anos.
“Protagonista da vida pública do seu país durante 40 anos, Soares foi um dos líderes de transição portuguesa para a democracia, depois da considerada ‘revolução dos cravos’, que pôs fim à ditadura salazarista em 1974”, afirma na página 2 o jornal da Santa Sé.
O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), reunido em Fátima, a 10-01-2017, destacou o papel de Mário Soares na defesa da liberdade religiosa em Portugal.
Em declarações aos jornalistas, no final da reunião, o padre Manuel Barbosa, porta-voz da CEP, afirmou que os bispos portugueses reconheceram "a dedicação que Mário Soares teve como presidente da comissão da liberdade religiosa,
que foi uma comissão instituída para a defesa da liberdade de consciência,
de religião e de culto de todos os cidadãos".
"Assumiu os princípios da liberdade, igualdade, cooperação, respeito e da tolerância entre todas as religiões reconhecidas no nosso país", disse Manuel Barbosa, aludindo ao trabalho de Mário Soares na presidência daquela comissão, cargo que assumiu em 2007 e para o qual foi reconduzido em 2011.
"As religiões são instrumentos de paz, civilização e diálogo entre os povos", acrescentou o porta-voz da CEP, citando o antigo Presidente da República e ex-primeiro ministro.
O conselho permanente da Conferência Episcopal Portuguesa fez hoje uma "homenagem agradecida" a Mário Soares, por toda a sua vida e pela defesa da democracia em Portugal…
Mário Soares desempenhou um papel crucial para evitar que a oposição ao Estado Novo e a Salazar caísse no grande erro estratégico da 1ª República: atacar o catolicismo.
Esta atitude garantia a posição social do catolicismo em Portugal, que os liberais anteriores sempre tinham recusado. Sem ela, teria sido impossível o triunfo pacífico do 25 de abril. Quando, a partir de junho de 1975, a extrema-esquerda, incluindo o PCP, voltam a atacar a Igreja Católica, Soares combateu pela paz civil.
Síntese da ecolha de dados feita por
Maria Armanda Lopes, fmm