Sempre atenta à transformação do mundo do seu tempo e sensível às consequências da Industrialização
- entre as quais a exploração de homens e de mulheres, por indignas condições de trabalho -
Maria da Paixão assumiu a ação social como missão.
Fez da vida um serviço permanente ao apelo daqueles que precisavam dela e defendia que os salários deviam corresponder ao trabalho feito; os trabalhadores deviam participar nos benefícios das indústrias e na propriedade das mesmas.
Aderiu progressivamente ao catolicismo social nascente,
apoiou o sindicalismo e os industriais cristãos
preocupados com a promoção social dos operários.
Para ela, justiça é igual a caridade, misericórdia, evangelização.
Afirmava: "Não se pode chegar ao povo senão pelo trabalho.
É preciso amá-lo, apoiá-lo e ganhar-lhe o coração”.
Maria da Paixão compreendeu bem que o Projeto de Jesus é de libertação integral da Pessoa. Na Sinagoga de Nazaré, Ele definiu a sua missão:
«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.» (Lc 4, 18-19).
Jesus proclamou e realizou:
«Ide contar a João o que vistes e ouvistes: Os cegos veem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, a Boa-Nova é anunciada aos pobres;» (Lc 7, 22).
Na continuidade da missão de Cristo, e frente às consequências da revolução industrial, Maria da Paixão tornou-se uma das pioneiras da ação social.
Criou formas de responder à necessidade de promoção da mulher e da classe operária. Implementou a sua formação moral e profissional assumindo obras de carácter social.
Fundou escolas profissionais, agrícolas e domésticas; abriu postos de trabalho em tipografias, ateliers, etc.; criou instituições para crianças em risco; abriu lares para trabalhadores; apoiou sindicatos e associações mutualistas.
Nas suas viagens encontrava-se com políticos, sindicalistas, patrões, jovens intelectuais a fim de os incentivar nesta caminhada.
Nas suas exortações, abria as Franciscanas Missionárias de Maria aos vastos campos da Missão universal e queria que o Instituto respondesse às necessidades dos lugares onde estava inserido.
E Hoje? Estamos a avançar para o Capítulo Geral fmm, a realizar em Roma, de 08 Setembro de 2014 a 20 de Outubro de 2014, centrado no Tema:
«Como Francisco, contemplar a Encarnação de Jesus
e responder ao grito do pobre e do planeta».
À luz do Evangelho e do Carisma, que nos legou Maria da Paixão, juntas procuramos respostas novas às necessidades destes tempos novos.
Pedimos ao Espírito nos torne fiéis às suas inspirações, a fim de traçarmos rotas novas de proximidade que nos levem a responder, ousadamente, ao grito do pobre e do planeta.
Vídeo com as intenções de oração do papa Francisco para junho
“Para que os idosos, os marginalizados e as pessoas sós encontrem,
mesmo nas grandes cidades, espaços de convívio e solidariedade”.
“Nas cidades, é frequente o abandono de idosos e doentes.
Podemos ignorá-lo?”, questiona o Papa.
“As nossas cidades deveriam caracterizar-se sobretudo pela solidariedade, que não consiste apenas em dar a quem precisa,
mas em ser responsáveis uns pelos outros
e criar uma cultura do encontro”, pede Francisco.
Cidade do Vaticano (RV)
A "Obra Social das Franciscanas Missionárias de Maria"
prossegue fins de solidariedade social, para além de fins estritamente religiosos, tendentes a um desenvolvimento harmonioso e global da criança e do jovem,
assim como à melhoria de qualidade de vida do idoso,
em colaboração com a família, no campo da educação, da promoção e da
saúde, com ação de âmbito nacional, sem quaisquer fins lucrativos.
(Estatutos - Artigo 2.°)
Para a realização dos seus objetivos, a Instituição propõe-se criar e manter Infantários e Jardins de Infância em regime de semi-internato, Ocupação de Tempos Livres, Lares para Idosos e exercer outras atividades de promoção sócio-caritativas, culturais e outras, na medida em que as necessidades o conselharem.
(Estatutos - Artigo 3.°)
2014 - EQUIPAMENTOS
«LAR GIRASSOL» - em Beja
Lar de autonomização, para jovens do sexo feminino.
«LAR SANTO ANTÓNIO» - em Coimbra
Lar para pessoas idosas do sexo feminino.
«O VIVEIRO» - em Arcozelo-Barcelos
Berçário, Creche e Jardim de Infância.
«SEMI-INTERNATO DE SANTA CLARA» - no Funchal
Berçário, Creche e Jardim-de-infância.
A nossa ação social estende-se também a outras Instituições cuja orientação nos está confiada:
Assistência Infantil de Santa Isabel - Lisboa - Patrocínio
Fundação Manuel Gerardo de Sousa e Castro - Lar de Crianças e Jovens em risco - Beja
Dinamização do Centro de Dia integrado no Centro Social Paroquial de São João Evangelista - Lisboa
Inserção, presença e acção social no Bairro de Chelas - Lisboa
Lar de autonomização, para as jovens vindas da Fundação Manuel Gerardo
de Sousa e Castro.
No dia 24 de Maio deste ano 2014, o LAR GIRASSOL esteve em festa, pois foi a bênção das pastas da Vivalda, que se licenciou em Solicitadoria.
A Vivalda fez questão de tirar uma fotografia com as 3 irmãs fmm da comunidade, como sinal de gratidão
e amizade que se vai criando.
É bom vê-las crescer, saírem formadas, e continuarem a sentir-se bem na ”família” que as acompanhou no seu processo de desenvolvimento..
Em Coimbra, a Obra Social das Franciscanas Missionárias de Maria exerce a sua ação no Lar Santo António - Valência de Idosos - sito na Residência das Franciscanas Missionárias de Maria, à Rua Antero de Quental, 126.
Objetivos:
1. Criar ambiente para uma experiência de Vida Familiar.
2. Promover a participação ativa dos utentes conforme as suas capacidades.
Critérios de admissão:
O Lar Santo António tem por objetivo primordial acolher as utentes nas situações socioeconómicas mais carenciadas, do sexo feminino, sem suporte familiar com ligação ao Instituto das Franciscanas Missionárias de Maria.
Educar a Criança no Amor, à luz dos valores humano-cristãos, para a Liberdade responsável, criativa e participativa incentivando-a a ser:
Sujeito promotor de relações consigo própria, com os outros, com Deus e com toda a Criação.
Este Equipamento
Segue o Método da Pedagogia de Projeto, o qual privilegia o protagonismo das crianças.
Organiza-se em Comunidade Educativa com todos os adultos que trabalham na Instituição (religiosas e leigos) abrangendo Crianças, Pais e meio envolvente, numa dinâmica de participação corresponsável e criativa.
Está aberto a todos os estratos sociais.
É uma obra ao serviço de todos, dando prioridade às famílias mais carenciadas.
(Cf. Projeto Educativo e Regulamento interno).