Caminhada vocacional
Na nossa caminhada vocacional,
«também nos deixamos formar
pelas experiências e intercâmbios (Mc 6,30)
próprios do serviço de evangelização,
pelos acontecimentos da nossa vida e do nosso tempo.
À luz da Palavra,
refletimos neles
e assim aprendemos a amar mais a Deus
e aos irmãos»
(Constituições fmm 94).
Especialista italiano apela à criação de espaços abertos
de confronto com todos
Numa entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2),
o sacerdote italiano aponta a uma JMJ aberta ao mundo e atenta ao futuro da Igreja.
“É muito importante viver uma Jornada Mundial da Juventude que seja contextualizada nos dias de hoje, no mundo de hoje, nos jovens que vivem hoje,
e não numa realidade que já não existe e que, na sua essência, os jovens já não acreditam que exista, porque vivem noutro mundo”, precisou.
A Jornada Mundial da Juventude é um grande abalo
para reanimar a vida quotidiana da Igreja,
para qualificar a vida quotidiana da Igreja.
Será muito forte, para usar uma imagem,
será um pouco como um choque
que serve para despertar”.
A jornada acontece num momento em que a Igreja vive, a nível global, o processo sinodal 2021-2024, convocado pelo Papa Francisco.
Fonte: (Ecclesia) Jan 25, 2023
“Queridas famílias, vocês vão receber jovens
na Jornada da Juventude.
O vosso lar vai alargar-se, ser maior,
vão ter hóspedes jovens, com os vossos filhos, os vossos parentes jovens”, refere, num vídeo divulgado hoje pela organização portuguesa do encontro.
Francisco admite que a presença dos peregrinos dentre da própria casa pode “revolucionar um pouco” a vida das famílias de acolhimento”.
“Se o quisermos dizer em termos burgueses, vai ser um incómodo. Mas vocês fazem-no com o coração grande, não só para servir, que é uma coisa grande, também para se abrirem a outros jovens, outras culturas, outros modos de ver
a vida”, acrescenta.
O Papa assume que a chegada de jovens implica “problemas, de desconforto e trabalho”, sublinhando que essa presença deixa, contudo, “a semente de outra cultura, de outro ponto de vista”.
“Vão relativizar, em cada um de vocês, tantas coisas de que têm a certeza.
Aí se pode ver que, noutros lugares, as coisas podem ser de outra forma.
Vão universalizá-los”, sustenta.
Vocês recebem jovens de todo os lados. Parece algo muito pequeno, porque são um, dois jovens, em cada família,
mas o universo cultural vai entrar na casa de cada um
e vai sair, neles, com a sua experiência”.
Francisco sublinha que o relato dos jovens estrangeiros apresenta como “experiência mais bonita” a passagem pelas famílias de acolhimento, mostrando que “é possível ser cristão de outra forma, com outra cultura”.
“A isto chama-se universalizar, abrir-se ao horizonte. Obrigado pelo que fazem: vai ser incómodo, para vocês, implica trabalho, mas vai ser uma sementeira de universo, de olhar para lá do horizonte, além dos nossos pequenos limites, pequenas fronteiras – geográficas, culturais ou espirituais”, declara.
O Papa despede-se com um agradecimento e pedidos de oração.
“Obrigado por esta generosidade, de receber jovens. Que Deus os abençoe,
que a Virgem cuide de vocês e peço-lhes que rezem por mim.
Obrigado”, conclui.